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Blog sobre reflexões de um gerente de projetos e quebra-cabeças!

quarta-feira, 11 de março de 2015

Pessoa certa no lugar certo!

Cada peça é única e não há duas iguais. Uma peça da quina nunca será uma peça da borda e esta, por sua vez, nunca será uma peça do meio do quebra-cabeça. As peças se distinguem por localização ( como citei acima), por formato( e existem vários formatos)  e, em última instância, pelo desenho. Encaixar uma peça errada poderá gerar retrabalho, confusão, frustração, insatisfação e perda de tempo.
Somos únicos também,  diferentes uns dos outros, e podemos nos distinguir de várias formas.  Cabe a nós gestores conhecer nosso time, respeitar as diferenças, entender as preferências pessoais e, as conhecendo, procurar delegar atividades às pessoas de modo que as motivemos e despertemos nela o seu melhor.
Quando delegamos uma atividade para alguém que não esteja apta a realizar, corremos o risco de gerarmos os mesmos pontos que citei acima ao encaixar uma peça errada. Um exemplo comum é o fato que muitos desenvolvedores não gostam de documentar, e consequentemente não encontram motivação alguma nessa atividade. Essa era a realidade em um dos times que trabalhei. Porém comecei a reparar nos emails trocados por um dos membros do time. Ele escrevia muito bem, conversando com ele, descobri que, além da facilidade natural, ele sentia prazer em escrever, logo lhe delegava atividades que necessitavam de documentação ao invés de delegar para outro membro do time.  Ele ficava motivado, o time também, e o projeto fluía melhor. Esse caso pode parecer simples mas o ganho para um projeto em ter as pessoas certas realizando as atividades certas com fluência e motivação é incalculável.
Afinal, você pediria a um dentista que projetasse sua casa?

terça-feira, 3 de março de 2015

Quebre as pedras grandes!

Imagine que você é uma criança que acaba de ganhar um quebra-cabeça que tenha uma paisagem bonita e casas no meio, o que você procuraria montar primeiro? Creio que para todas as crianças e até alguns adultos, as casas seriam a primeira opção, mas imagina procurar entre 1000, 2000 ou 5000 peças aquelas que te fazem brilhar o olho, qual a chance de encontrá-las todas, sem exceção? Quanto tempo que você gastaria? Imagina que em determinado momento tua vista já se cansa e até te engana... e como engana! Vamos supor que você tenha conseguido e seu esforço te rendeu 3% do quebra-cabeça pronto, mas ainda há 97% pra montar, talvez nesse momento ou você se frustrou ou então se cansou, talvez seu interesse por terminar tenha até se acabado. E se ao invés disso levantar na paisagem a cor predominante ou a parte do cenário em que esteja contida o maior percentual de peças, aposto que o trabalho de encontrar as peças será mais fácil e consequentemente ao terminar de montar terá muito mais que 3% montado. Se assim fizer todo o quebra-cabeça mais rápido terminará, e seu interesse e gana estarão em alta!
Vão haver situações em que você terá pela frente um cliente que vai querer um relatório ultra refinado, com pivots automáticas, com mecanismo de busca com algoritmos inteligentes, que corresponda a 3% do projeto, além do fato de que atenderá apenas meia dúzia de pessoas, e que, não em poucos casos, logo perderão o interesse ou cairão em desuso. Nesse momento é  necessário convencer seu cliente que existirão outras funcionalidades muito mais importantes de serem feitas e que trarão muito mais valor ao negócio e ao próprio cliente. São as pedras grandes que precisam ser quebradas primeiro, tais como mecanismos arquiteturais (segurança, autenticação, integração, etc.), mecanismos de negócios, métodos importantes que serão reaproveitados no decorrer do projeto; dentre outros. Esses são possíveis candidatos a pedras grandes que provavelmente vão corresponder a uma boa parte do projeto. Uma vez o cliente convencido de que elas precisam ser quebradas primeiro e o projeto em andamento, provavelmente quando o projeto for concluído, ou o cliente desistiu do relatório, ou foi entregue diferente do que foi planejado; porém como as grandes pedras foram quebradas, ele estará satisfeito pois o valor maior foi entregue.
Já quebrou as grandes pedras hoje?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Defina a estratégia!

Lembro-me do meu avô me falando: "Delano, ache as pontas primeiro!" e foi assim que aprendi, e faço assim até hoje. Naquela época não sabia ao certo o porquê porém tinha a certeza de que era o melhor caminho. Fui crescendo e notei que ao começar separando e montando a partir das pontas tenho a noção exato da complexidade do quebra-cabeça, sei então o seu tamanho e mais, consigo escolher por onde começar a montar, se por partes coloridas, ou branco e pretas, se por rajados, com detalhes ou peças lisas, e quanto maior o quebra-cabeça, mais essa estratégia se torna interessante. Mas não há só essa estratégia, outras pessoas preferem por começar por algum desenho específico ou algum destaque, não há problemas, pode começar assim, porém é a melhor estratégia? Eu creio que não, mas essa é a graça, você pode começar por onde quiser!!


A definição da estratégia é importantíssimo para o sucesso ou fracasso de um projeto, qual a metodologia que iremos utilizar, qual o tamanho do time, haverá inception ou não, poderemos contar com perfis específicos, haverá um arquiteto dedicado desde o início da inception ou grooming, sendo SCRUM teremos release sprints e sprint zero, quais os artefatos de entrega e tantas outras variáveis que precisam ser definidas para o bom andamento do projeto. Algumas dessas variáveis não precisarão ser definidas de imediato, porém assim como começar pelas pontas, elas nos darão idéia da complexidade, tamanho, escopo e desenho do projeto.

Quais são as suas estratégias? Elas existem e estão definidas? Ou a estratégia é o "Go Horse"? E ai? Vamos começar pelas pontas?

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Como começar: foco e atitude

Romero Britto: Grow 1500
Quando vemos um quebra-cabeça pronto, mal podemos imaginar o esforço, trabalho e horas dedicadas em sua montagem. É a expectativa de começar, a ansiedade de encontrar a peça perfeita, a vontade de ver pronto, as horas passam e quando nos damos conta já é madrugada. São tantos idéias que passam na cabeça. Pra quem curte como eu, é um hobby fantástico.


Porém quando abrimos a caixa e olhamos para dentro, temos em nossa visão exatamente a imagem à esquerda, uma porção de peças separadas, desordenadas, "gritando" por alguém que as organize,  montando-as, a fim de ter a figura finalmente encerrada. E o primeiro passo para iniciar é a atitude de quem quer e vai terminar, essa é a meta, o objetivo de quem adquire ou ganha um quebra-cabeça, mas se não houver foco e atitude, não haverá sucesso.

Na gestão de projetos também é assim, escopo muitas vezes indefido e desordenado, time ainda não formado (e em alguns casos ainda para contratar), orçamento justíssimo, prazos apertados, dentre outros. Todas essas peças estão aguardando alguém para encaixá-las a fim de que, ao final, o produto seja entregue ao cliente. E para isso foco e atitude são fundamentais para um gerente de projeto, esse é o primeiro passo, e não é assim em tudo na vida??

Vídeo: Uma maneira criativa de emoldurar um quebra-cabeça

Tenho costume de colar meus quebra-cabeças e pesquisando a respeito encontrei uma alternativa interessante para quem não curte colar, espero que gostem!


Boas vindas

Quero dar-lhes as boas vindas ao meu blog, meu intuito é escrever a respeito de reflexões de gestão de projetos e quebra-cabeça, um hobby que possuo desde pequeno. Críticas ou sugestões não hesitem em me enviar!

Abraços e desfrute!